Por que alguém paga uma fortuna por um produto?
11 de Março de 2010

Diamante

Muita gente se pergunta por que alguém gasta R$ 100 ou R$ 200 mil numa joia ou R$ 5 mil numa bolsa ou R$ 600 numa garrafa de vinho. Um livro pode ajudar na resposta: “Os Gostos Adquiridos”, de Peter Mayle.

Muitos destes “gostos adquiridos” nós nem sequer sabemos existir até experimentá-los. Experimentou, gostou e, daí para frente, não nos acostumamos com menos. E isso não vale apenas para produtos caros. Se você tem um carro com ar condicionado, vai achar impossível dirigir num carro sem ar. Se tem um celular, não acha que conseguirá retroceder e viver sem ele. Geladeira? Como é que por séculos a humanidade viveu sem ela? Os exemplos são muitos. Se você experimenta um café gourmet não conseguirá mais tomar o tradicional sem reclamar que arranha a garganta. Se come uma boa feijoada, vai achar que aquela servida no boteco, com ingredientes suspeitíssimos, não vale a pena. Nossos gostos vão se tornando mais apurados e sofisticados conforme vamos evoluindo no conhecimento de bons produtos e serviços.

Peter descreve esse esse fenômeno muito bem: Pequenos prazeres são como ótimos perfumes, basta uma gota para que se tornem inesquecíveis. Ele nos descreve como comprar uma gravata num gravateiro italiano, encomendar sapatos “by appointment” nas pequenas sapatarias londrinas, camisas nos camiseiros franceses, um bem cortado cardigan de cashemir, mas também como comprar e degustar uma porção de caviar russo ou iraniano, um bom foie gras ou trufas do Périgord com o vinho certo, na temperatura exata.

Está certo, vocês me dirão que precisamos viajar para aproveitar estas maravilhas. Mas, garanto-lhes: não é necessário. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, entre várias outras, oferecem estes produtos com a mesma qualidade, bastando apenas dar-se o prazer e o tempo de conhecê-las. E, conseqüentemente, não esquecê-las mais.

Quanto aos serviços, nada melhor que a descrição de Peter quando se hospedou num certo hotel em Londres. Lá, desde o drink do bar (servido por um único barman sem nunca deixar o seu copo esvaziar-se), o jantar no restaurante do hotel, os lençóis de algodão do Egito e edredons de plumas de ganso onde dormiu e, ainda, o sapato colocado na porta do quarto à noite e devolvido no dia seguinte engraxado como um espelho. Estes são serviços que surpreendem e que tornam a experiência inesquecível. E quem não esquece, retorna e, principalmente, recomenda…  >>> Christian Hallot

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