O filme Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, inspirou uma nova coleção de anéis, feita em parceria com a Disney. Roberto Stern, nosso chefe, reuniu os designers e passou o briefing: “quero algo surpreendente”. E assim começou essa aventura. Os designers, de cara, optaram por fazer anéis porque é sempre muito difícil inovar com eles, já que a área de trabalho é muito pequena. Depois, em vez de escolher os personagens óbvios, como o Chapeleiro Maluco ou a própria Alice, buscaram detalhes do cenário e criaturas fantásticas como fonte de inspiração.
Da floresta de cogumelos, que Alice atravessa esbaforida enquanto foge de um monstro, surgiu um anel de ouro esmaltado. Os designers encheram uma geladeira, aqui no prédio, de cogumelos de verdade para estudar a textura, o formato, as proporções. Olhando o anel por cima, dá para ver diferentes tons de vermelho, alguns cogumelos com pintas pretas, outro com listras. Olhando por baixo, eles têm ranhuras, como os exemplares de verdade.
O gato risonho Cheshire também ganhou um anel. Ele está deitado num galho de árvore de ouro e diamantes e é esmaltado de listras azuis. Meses atrás, quando o desenvolvimento começou, eu encontrei dois designers numa praça, agachados. Disseram que estavam recolhendo galhos, mas como sei que eles são cheios de segredos, nem perguntei pra quê. Agora sei. Eles também estudaram a cor e a textura de galhos de verdade para chegar no anel de ouro. E quer surpresa maior? No escuro, o sorriso do gato brilha (leia mais clicando aqui), tal qual no filme!
Rosas falantes também aparecem no filme. E estão num anel, uma delas com carinha. Só falta falar! No filme, um dos cenários é um jardim de topiárias, aquelas árvores recortadas em forma de esculturas. Uma delas tem formato de pássaro e gerou um anel com centenas de minúsculas folhinhas de ouro, soldadas umas às outras, num trabalho de ourivesaria incrível.
Há também um anel, inspirado no monstro Jabberwocky, com asas negras e rosto assustador. Ainda não temos foto dele, mas logo logo ela aparece por aqui. Tanto o pássaro quanto o Jabberwocky têm aro duplo, para usar em dois dedos.
Os cinco aneis são grandes, enormes, gigantescos, ” tamanho extraordinário”. E há cinco anéis um pouco menores, mas ainda assim grandes. Sim, são surpreendentes. E eu diria mais: são também inovadores, peças-arte que empurram os limites da joalheria para frente e que certamente ficarão como um capítulo importante na história da joia. >>> Roberta Rossetto
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