De passagem por Belo Horizonte para o Minas Trend Preview, confirmo o que venho observando já há algum tempo em diferentes lugares do Brasil. Entre meninos e meninas, jovens ou nem tanto assim, o exercício colecionista de acumular berloques numa corrente de ouro nunca esteve tão em voga. Observo que a iniciativa está relacionada ao mesmo tempo com o estilo e, imagino, com os afetos e as lembranças desses jovens. Não que seja uma novidade, mas agora acumulam-se, pelo que percebo, muitos momentos marcantes e/ou memórias recentes. Nesse caso, traduzidos em preferências estéticas como código de identificação entre eles.
Uma garota me diz que tem a ver com uma personagem de novela e, na velocidade com que esse tipo de produção cultural contamina o país, a imagem da ficção virou uma realidade _unissex, pelo que entendi_ inconfundível, como todo o simbolismo que cada itenzinho daqueles representa. É mais ou menos como a dinâmica dos objetos que guardamos ou espalhamos pela casa como um grande painel de episódios relevantes da nossa vida. No caso, a espontaneidade tem o frescor e a graça que mistura um monte de historinhas e comportamentos que definem naturalmente o movimento mais autêntico e dinâmico da moda. >>> Por Costanza Pascolato
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