Um amiga me telefona, meio desconfiada, para perguntar se é verdade o que ela ficou sabendo há pouco: que vou dar uma de DJ e assumir as pick -ups numa noite de moda aqui em São Paulo. Para minha surpresa, ela cita até itens do set list que, neste caso, inclui Madeleine Peyroux, Franz Ferdinand, Macy Gray, Moby, entre outros nomes de que gosto muito. Respondo que sim, é verdade, e aproveito para esclarecer que ando apostando cada vez mais no tripé moda-arte-cultura pop e/ou música, uma combinação fascinante, sempre eficiente para entendermos informações sobre o estilo e os movimentos de cada época.
Veja-se o que já falamos recentemente aqui sobre a Alice de Tim Burton. Nesse sentido, o mais legal é entender a arte e a moda em sua proximidade do ponto de vista criativo. Por isso tenho frequentado e recomendado, além das temporadas de moda, eventos como a Art Basel em Miami, entre as mais prestigiadas feiras de arte contemporânea do mundo, ou lugares como Inhotim, em Minas, que conheci recentemente como uma grata surpresa no mapa brasileiro das artes.
Impossível não se renovar com experiências ligadas à produção cutural que, aqui mesmo na H.Stern, já inspiraram coleções como a dos irmãos Campana, de Carlinhos Brown ou a do Grupo Corpo, todas representações exatas de que moda e arte sempre se entendem bem. Não é à toa, aliás, que Lady Gaga, a mais fashion das celebridades do momento, acaba de aparecer na lista da Time como a artista mais influente do mundo. No final, digo para essa amiga supreendida que é não tão grave assim quando uma fashionista resolve ser DJ por um dia. > Por Costanza Pascolato
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