Depois de uma temporada de férias _e compras, muitas compras _ no verão europeu, uma amiga diz que sentiu o que muitas mulheres comentam: uma certa desorientação pelo excesso de informações, possibilidades e estilos. É um sentimento comum que, vez ou outra, nos aflige. Minha recomendação para esses momentos é: na hora das compras, não importa se simples ou luxuoso, lembre-se que o produto, a roupa, a joia, o sapato tem de ter alma. Significa que é fundamental que você goste dele menos pelo status que eventualmente venha a conferir, mais pela capacidade de expressar seus valores pessoais. Parece simples, mas muda tudo porque ao fazer esta escolha _pela alma _, não buscamos mais “a última moda”, ideia que ficou no século passado. No fundo, não temos mais tempo a perder num mundo cada vez mais veloz, acelerado. À parte encantamentos e paixões fashion, sempre inevitáveis, na moda agora somos também consumidores perplexos com a multiplicidade de ofertas, quase todas banais e de vida curta, absolutamente descartáveis. É por isso que deveríamos sempre buscar qualidades mais duradouras . Outra dica importantíssima: mais informação e menos ansiedade na hora de escolher-comprar. Significa, por exemplo, investir no original ao invés de gastar com várias cópias; buscar distinção, versatilidade, vida longa. Essa é “alma” das roupas que queremos vestir, dos acessórios que desejamos ter, das jóias que queremos usar. Provavelmente seja também o único caminho possível para, na contramão da vulgaridade , mantermos a vocação transgressora da moda.
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Por Costanza Pascolato