Estive numa apresentação de tendências de consumo comandada pelo bureau WGSN. Uma das tendências que vem por aí é a do verdadeiro que parece falso e também do falso que parece cada vez mais verdadeiro. Trata-se do Faux Real, como a equipe do WGSN batizou a tendência. Explico melhor usando o exemplo da bolsa Gucci MRTW, da coleção primavera/verão 2010, cujo couro de crocodilo tem um tratamento emborrachado que, no final, já não tem mais cara de couro. Não há nada de falso na bolsa, que custa 30 mil euros, mas que ela parece de borracha… ah isso parece!
Outro exemplo é o do Rolls Royce Phantom preto, de U$ 450 mil, que circula em Los Angeles e pertence a uma empresa que o aluga a celebridades. O carro tem acabamento fosco, parece ter saído da funilaria, ainda sem a pintura final. Parece…
Dizem os especialistas do WGSN que o falso não se traduz mais por barato. O falso desenvolveu sua própria estética. E diferentes tratamentos que simulem o falso em materiais e superfícies podem produzir efeitos e design extraordinários.
Prepare-se para ver mais e mais produtos que só você (e os antenados de plantão) saberão do que se trata e do real valor daquele produto, pois a aparência dele não vai denunciar seu pedigree.
Por: Roberta Rossetto