Falamos muito sobre moda aqui no blog, mas há marcas que passam batido pela moda e eu queria falar um pouquinho de uma delas. Patek Philippe. Essa é uma grife de relógios de luxo que já completou 165 anos de existência. A maioria dos modelos é mecânico, daqueles que tem que dar corda ou movimentar o braço para que o relógio funcione. Os mecanismos envolvem dezenas de peças minúsculas, feitas a mão, algumas menores do que um fio de cabelo. Tudo de ouro. Para os apreciadores, um relógio desses é uma obra de arte que deve ser passada de pai para filho.
Recentemente, o presidente da Patek, Thierry Stern (o sobrenome é só coincidência, ele não tem relação com a H.Stern), esteve no Brasil. A família dele é dona da Patek desde 1932 e está na quarta geração. Thierry contou que os relógios mecânicos sempre foram o brinquedinho dos homens. As mulheres nunca se interessaram muito porque
1) dar corda pode quebrar a unha
2) os relógios têm caixa maior, mais encorpada e pesada, e as mulheres sempre foram adeptas de versões slim, mais comuns nos relógios a quartzo.
Mas agora os modelos mecânicos estão atraindo, também, as mulheres. A tendência, segundo ele, começou na Itália. Ali, as mulheres andaram pegando os relógios dos homens, trocaram as pulseiras por outra mais colorida e colocaram no pulso. A moda espalhou para a Ásia. E claro que vai chegar por aqui. E não é que, assim, a moda acabou por alcançar a Patek? Pois desde então, na empresa, os designers começaram a se preocupar com modelos mecânicos que possam ser usados também pelas mulheres e estão desenhando relógios mecânicos de caixa mais fina e leve. Esses novos modelos ainda demoram pra chegar ao mercado. Até lá, garotas, o jeito é roubar o relógio masculino, igual já fizemos com as roupas de look boyish, né?
Por: Roberta Rossetto
Fotos: Divulgação