Há pelo menos duas décadas os diamantes mais valiosos em leilões são vermelhos e rosas. Eles só perderam o trono em 2008 quando o diamante azul acinzentado Wittelsbach foi arrematado por U$ 24,3 milhões.
O reinado desse diamante azul, porém, está com os dias contados. Dia 16 de novembro, vai foi a leilão pela Sotheby’s, em Genebra, um diamante rosa intenso, de 24,78 quilates, cujo lance inicial é era de U$ 27 milhões e pode chegar a U$ 38 milhões foi arrematado por U$ 42,1 milhões. A pedra tem alto grau de pureza, está lapidada em formato esmeralda (um corte normalmente encontrado em diamantes brancos) e foi cravada num anel de platina. Há 60 anos não ouvimos falar dessa pedra, desde que o joalheiro Harry Winston comprou-a pessoalmente e montou-a no anel. A Sotheby’s não informa quem é o dono atual. Mas é certo que um novo recorde vem aí.
A propósito, os 10 diamantes arrematados em leilões, os mais caros da história, são todos coloridos. Só um é azul. Os demais são rosa ou vermelho. Nenhum branco. Vai perguntar por que? Porque os diamantes coloridos são mais raros do que os brancos. Só 1 em cada 10.000 diamantes de qualidade é colorido. Portanto, é natural que os coloridos estabeleçam recordes.
Duas razões andam aquecendo o mercado de leilões ultimamente: Em tempos de crise (e ela ainda ocorre no exterior) há maior procura por diamantes grandes e raros, que funcionam como reserva de valor, tal qual as obras de arte. E também há aquelas pessoas que nem estão de olho na valorização: elas querem mesmo é ter uma pedra natural antes que as reservas se esgotem.