Nove em cada dez das tantas it girls que observo na vida real ou nas revistas internacionais de moda confirmam o que é mais evidente e recomendável no atual uso das joias e no exercício contundente de individualidade e personalização da moda. A ideia de misturar tudo _o tailleur impecável, o colar dos sonhos, a bijoux com graça e aquela pulseirinha de valor afetivo_ segue em alta como melhor recurso para afirmação de personalidade.
Diferentemente de quase um século atrás, quando Chanel misturou joias e bijoux como recurso para adornar e enriquecer estilo, a história agora é outra, já que cria uma atmosfera intimista _ da mulher com ela mesma e da maneira como reafirma sua identidade num mundo cada vez mais veloz e hiper-informado.
Ao usar joias de estimação não importa a ocasião, é como se nos sentíssemos mais seguras, tomando posse de nossa própria identidade e exercitando, em última análise, aquela frase do filósofo grego Epictetus ( 50-100) de que adoro: “Conheça primeiro quem você é, depois adorne-se de acordo”. Nesse sentido, graciosos itens de acervo são fundamentais para dar graça e sentido à maneira como nos apresentamos. Talvez por isso, eu goste cada vez mais de uma correntinha que pertenceu à minha avó e que, acabo de descobrir, ela já usava em 1918. Na moda, que muda o tempo todo, o que é intemporal e absolutamente pessoal também faz todo o sentido.
>>>Por: Costanza Pascolato