Cá entre nós, todos os dias são das mulheres. Mas dia 8 de março é a data em que as comemorações se concentram – e isso acontece há exatos 100 anos! Ao todo 25 países comemoram e na Rússia é até um feriado nacional, vejam só!
A data está ligada aos movimentos feministas que batalhavam por uma sociedade mais justa e igualitária. A coisa toda começou a partir da Revolução Industrial, em 1789, quando as mulheres passaram a integrar a força de trabalho nas fábricas. Naquela época, era comum vê-las em jornadas de 12 horas, sofrendo ameaças e até espancamentos.
Dizem que foi em 8 de março de 1857 que 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova York, decidiram parar o trabalho e reivindicar uma jornada de 10 horas. A data marcou a primeira greve conduzida somente por mulheres. Eu disse “dizem” porque há controvérsias se esse episódio realmente aconteceu ou se foi uma lenda criada por países comunistas. Sim, porque a história diz que a polícia reprimiu a manifestação fazendo com que as operárias se refugiassem dentro da fábrica. E os donos da empresa atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs. Tomara que isso não tenha de fato acontecido, porque é uma história pra lá de cruel, né?
Mas é fato comprovadíssimo que em 1990, na II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher. No ano seguinte, Áustria, Alemanha, Dinamarca e Suíça fizeram vários eventos que, somados, reuniram 1 milhão de mulheres. Daí estarmos comemorando o centenário.
O mundo mudou muito, felizmente. Apesar de ainda existirem mulheres marginalizadas e exploradas, na maioria dos países a data perdeu sua conotação política e passou a ser um momento em que elas ganham reconhecimento e afeto. E, em muitos casos, flores. Parabéns a todas!
