O casamento do príncipe William e Kate Middleton está aí. Então, que tal falarmos um pouquinho sobre os anéis de noivado da realeza?
Ainda na Roma Antiga, os anéis de compromisso eram chamados de anulus pronubus e eram de ferro. Só depois do século 2 DC é que passaram a ser de ouro e aos poucos foram ganhando inovações como inscrições por fora ou por dentro, o formato de um aperto de mãos, pedras, desenhos e entalhes. Desde os romanos o anel é usado no anular da mão esquerda, por onde acreditavam passar a vena amoris, veia que corria direto para o coração. Ah! Eram românticos esses romanos, né? Os gregos também acreditavam nisso.
A nobreza tem ganho anéis de noivado que podem ser de safira, diamante, esmeraldas ou rubis (clique aqui pra ver alguns). O primeiro de diamante que se tem registro foi dado à Maria, duquesa de Borgonha (1457-1482), pelo arquiduque Maximiliano I, de Habsburgo, em 1477. Mais recentemente, o da princesa Mary, que se casou em 1930, era de esmeralda. O da rainha-mãe Elizabeth era de safiras, tal qual o de Lady Diana Spencer, um anel que agora o príncipe William repassou para Kate Middleton.
Diferente mesmo foi o anel de noivado da rainha Victoria, em 1840. Tinha o formato de cobra e trazia esmeraldas. As cobras que engolem a própria cauda sempre foram símbolo de algo que não tem começo ou fim, de eternidade. No caso da aliança, símbolo de amor eterno. Por que esmeraldas? É que nessa época era comum dar um anel de noivado com a pedra do mês de nascimento. E, no caso da rainha Victoria, a pedra do mês era a esmeralda.
O anel de cobra da rainha Victoria, dizem, foi desenhado pelo príncipe Albert, com quem ela viria a se casar – um casamento felicíssimo, coisa rara entre a realeza cujos enlaces eram algo político e arranjado entre as famílias. Acredita-se que ela usava o anel quando foi enterrada.
Foi no século 19 que começou, na Inglaterra, o costume de dar um anel de noivado e um segundo anel, de casamento. Na família real, o segundo anel, uma aliança simples de ouro, começou a ser dada somente em 1923, com o casamento da rainha-mãe Elizabeth. E nascia aí mais uma tradição: Seu anel saiu de uma pepita da região de Wales. A mesma pepita usada para a aliança de ouro da atual rainha, Elizabeth II, e de todas as princesas britânicas desde então. Em 1981, uma nova pepita foi oferecida para futuras alianças, já que a atual está praticamente no fim.
A atual rainha, Elizabeth II, quando casou-se em 1947, no pós-guerra, quebrou as tradições. Seu anel de noivado foi remodelado a partir de um diamante que pertencia à mãe do príncipe Philip, seu marido, da real família da Grécia e Dinamarca. Naqueles anos de pobreza e reconstrução do país, não fazia sentido gastar com joias. Na foto abaixo você vê o anel da rainha, com grande diamante central:
O príncipe William também “reciclou”, dando à Kate um anel que já tinha sido o de noivado de Lady Di (esse da foto acima, com uma safira central e diamantes no entorno). William justificou que, dessa forma, acreditava que sua mãe estaria junto a eles, partilhando de um momento feliz.
Lady Di, a propósito, ganhou uma pulseira de esmeralda como presente de casamento de seu marido, príncipe Charles. Será que Kate vai usar a pulseira também e outras joias de Diana? Vamos esperar pra ver!
>>> Por: Roberta Rossetto
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