Uma adolescente de maneiras evidentemente românticas me pergunta por que as pérolas exercem tanto fascínio e como usá-las corretamente. Diz que, criança ainda, vasculhando os cofres da mãe, já tinha uma atração incontrolável por elas.
À parte o lado lúdico da questão, as pérolas, conforme sempre digo, têm superpoderes para nos iluminar e talvez comece aí o fascínio. À exceção das muito grandes – melhores para momentos habillé, de festa –, podem ser usadas sempre. As brancas, mais caras quanto mais claras forem, são sempre as mais clássicas entre todas. Em tons de cinza e negro, também têm alto poder de encantamento.
Como a garota que me abordou com o tema, eu também sempre gostei muito de pérolas. Observando, entendo que não ficam bem apenas em duas situações: quando a mulher está triste ou adoentada. Talvez por serem matérias vivas, mostrem tão explicitamente um estado de espírito, com vibrações evidentes.
Ao usá-las ou guardá-las, jamais esqueça de cuidados básicos. Limpe-as com um pano branco, macio e seco. Jamais borrife perfume sobre elas ou acredite na história de que “revivem” se banhadas em água salgada. Lenda pura.
Se você não tiver dinheiro o suficiente para comprá-las – nem quem lhe presenteie com verdadeiras –, exercite a fantasia, a imaginação e a vaidade com as outras, falsas, de preferência atentando para detalhes de acabamento. Coco Chanel, como é sabido, misturava brilhantemente falsas e autênticas porque, como dizia, “joias e bijuterias foram criadas para adornar – e não para fazer você parecer rica”. >>> Costanza Pascolato
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