As joias em formato de flor estão há muito entre nós. São um clássico da joalheria, um tema que acompanhou a história da humanidade. A Flor de Lis, por exemplo, foi amplamente usada por reis e nobres europeus da Idade Média e era encontrada em armas, joias, roupas, bandeiras, brasões e até pelas paredes dos castelos. Acabou adotada como um emblema real da França. Suas três pétalas simbolizam a mente o corpo e a alma. Ou, também, Deus, sua criação e a realeza.
Nos séculos XVII e XVIII, quando viajantes cruzavam os mares e estudos de botânica pipocavam por toda parte, as joias de flores, folhas e também de bichos reproduziam fielmente o original. No século seguinte, XIX, época vitoriana, os vestidos de flores e laços enfatizavam a virgindade e a inocência. A própria rainha Victoria ganhou de seu amado Albert um broche de flores – o primeiro presente que ele deu a ela. São famosas as joias vitorianas feitas de minúsculas pedras coloridas, dispostas lado a lado, formando flores de mosaicos.
Depois, nos tempos do Art Noveau, as flores, principalmente tulipas e copos de leite, ressurgiram em ouro esmaltado, com tons pálidos e um ar romântico. Mais recentemente, nos anos 50 e 60, elas ganharam versões com pedras grandes ou pavês coloridos – joias imponentes, com um ar de diva Hollywoodiana.
Agora, há um revival de temas da Natureza, com estampas e acessórios em todas as vitrines e desfiles. Flores fazem um tremendo sucesso e suspeito que isso aconteça porque elas permitem um look mais leve, feminino e romântico. E as joias, são belas, sofisticadas e eternas. Quem não quer?
Só mais uma coisa: queria contar pra vocês sobre o significado das flores entre os primeiros cristãos. Segundo Hans Biedermann, autor do livro “Dicionário Ilustrado de Símbolos”, as flores simbolizavam a transitoriedade da beleza, que só pode ser duradoura nos jardins do céu. Daí o antigo costume de instalar túmulos em meio a jardins e colocar flores sobre eles. E como as igrejas eram usadas para enterrar e venerar pessoas, elas também ganhavam flores! A gente tem o costume de rodear os mortos com flores até hoje, mas a simbologia de transitoriedade da beleza perdeu-se, né?
Bem, pra falar do significado das flores entre as muitas culturas eu precisaria do espaço de um livro. Melhor parar por aqui!
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