De passagem por Brasília, com a luz sempre impactante da cidade, ainda me surpreendo com a obra de Oscar Niemeyer que me faz lembrar, entre outras, de uma frase atribuída ao escritor Oscar Wilde (1954-1900) e que diz mais ou menos o seguinte: “Atualmente, grande parte das pessoas morre de uma espécie de senso comum arrepiante e, quando é demasiado tarde, chega à conclusão de que as únicas coisas de que nunca nos arrependemos são os nossos erros.” Nada a ver com erros ou acertos do arquiteto centenário, mas, ao sair do tal senso comum arrepiante, ele passa a sobreviver como referência de estilo que sempre encanta e faz pensar, não apenas diante da obra original.
Lembro-me igualmente das linhas soltas, livres e contínuas da coleção Niemeyer aqui da H.Stern, compreendidas e cobiçadas não importa onde. Na simplicidade da forma ou no requinte perfeito do material _o ouro e o diamante_, agrega-se o valor o mais perene do luxo, o objeto com alma, que ultrapassa o tempo, o senso comum e as tendências sazonais da moda e da vida.
>>>Por: Costanza Pascolato