As joalherias passaram mais de um século aperfeiçoando técnicas de lapidação e formatos que respeitassem e evidenciassem a bela cor das pedras. Isso tanto para o diamante quanto para as gemas coloridas, como água-marinha, ametista, turmalina, topázios e tantas outras. Estas formas, geométricas e simétricas, eram conseguidas com muito estudo de Física sobre a reflexão da luz.
Os lapidários, incluindo aqueles da H.Stern, passaram anos buscando a perfeição geométrica da lapidação. Imagina o que acontece quando alguém diz a eles que, agora, vamos fazer lapidações assimétricas? Pois foi o que aconteceu em 1995, quando a H.Stern revolucionou a lapidação das pedras coloridas. Formatos diferentes, não geométricos, passaram a fazer parte das coleções. Isto significou tirar os lapidários da “zona de conforto”, mostrado-lhes que existe estética, beleza e movimento, mesmo na imperfeição da forma.
A imperfeição é suave, feminina e intrigante. Formam-se degrades de cor, formatos e tamanho. A pedra vibra num diapasão único e passa a ser, também, única, não correndo o risco de encontrar outra igual. Mas o maior desafio veio quando pedimos aos lapidários que “ousassem” com o diamante. Queríamos algo novo, que ninguém tivesse feito antes. Após três anos de intenso trabalho, o resultado surpreendeu.
O diamante no estado bruto, você sabe, é semelhante a um simples cascalho, sem vida alguma. Mas depois de passar pelas mãos de um lapidário experiente, adquire características óticas como a refração, a dispersão, a reflexão, o brilho e a cintilação que o faz belo e raro. Difícil foi conseguir lapidar um diamante com forma orgânica que fosse assimétrico e não-geométrico, que garantisse nosso arrojo no universo das pedras e provasse que as características óticas poderiam ser preservadas, ou até mesmo melhoradas.
O Stern Star nasceu desse desafio lançado a designers e lapidários. O trabalho começa na meticulosa escolha dos diamantes no estado bruto, pois apenas 1 em 100 se adequam ao corte criado. Com os lados diferentes, o eixo deslocado do centro, 51 facetas, a coroa da pedra mais alta do que as tradicionais, iluminando mais a superfície do diamante, e ainda, um jogo de facetas que reflete uma estrela exuberante, caleidoscópica, hipnótica, o Stern Star trabalha a maior reflexão/refração da luz em uma forma não simétrica.
A H.Stern patenteou a lapidação Stern Star ainda em 2004. Nada mais justo pela pura ousadia. E criou uma coleção de joias à altura. Para ressaltar as formas assimétricas da lapidação nada melhor do que joias simétricas. Por isso, uma releitura do Art-Déco, que privilegia as linhas retas, foi escolhida para emoldurar estes diamantes fantásticos. Nas peças, os diamantes brancos têm lapidação Stern Star e os diamantes negros têm lapidação redonda, tradicional.
A Coleção Stern Star esteve em Hollywood e foi usada por várias celebridades. Agora, está no Brasil, devendo seguir para a Europa e Israel. Se você quiser ver essas maravilhas da alta joalheria, anote as datas e locais onde serão mostradas. Garanto que você vai ficar sem palavras. >>> Christian Hallot
Dia 16/11 – ParkShopping– Brasília
Dias 23 e 24/11 – Shopping Iguatemi – São Paulo
Dia 26/11 – Morumbi Shopping – São Paulo
Dia 1/12 – Shopping Icaraí Fashion – Niterói, RJ
Dia 3/12 – rua Visconde de Pirajá, 490, Ipanema – Rio de Janeiro
Anéis Stern Star (abaixo, à esquerda) e a atriz Emily Blunt com um dos braceletes da coleção, no tapete vermelho do Oscar 2007